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domingo, 4 de dezembro de 2016

Fortaleza, dezembro 16

Será que, hoje, será o dia no qual calem em mim a minha voz? Finalmente, vencer-me-ão à vez? Atormentar-me-íam outras questões, caso fôsse o dia de hoje um outro dia qualquer, acometer-me-ía o sempre mesmíssimo palavreado, dosado e contido, fôsse agora o momento da minha redenção; acharia eu, no ocaso de mais esse pensamento o meu fundo de verdade, o que valeria a minha estúpida coragem e a minha infatigável serenidade e aquele o qual é o mais cabível e exato sobre a natureza do pensamento em geral? Várias e - até diria - bem elencadas perguntas, e ainda assim menores do que eu. Prove! Eu diria. Demonstre, eu diria. Seria a cousa mesma, entretanto, se é uma prova, uma demonstração ou questão - é prosaico; é chato perguntar, dirigir a mim maneiras de conhecer feito fôsse dado a mim tê-lo por incutido que não conheço. Conheço? Não ao ponto de provar o conhecimento: ensinar! Ensinar e aprender: a capacidade mútua a qual atribuímos à alma; verificar com curiosidade cúmplice o mundo. Sombrear um esboço do quanto achou-se saber; e seguir desenhando, aprimorar o traço, definir com esmero cada ponto e reta, e plano conhecido até então; e cada dimensão e área do conhecimento; eis científico tal o nosso agora saber, desmitificado. Lápide a isso! Conhecer é pouco; é massante, preciso antever: intuir que há algo digno de se aprender; silogismos aparecem contornando o pensamento - foi-se daqui pra lá - ponte erguendo-se; futuro e presente, a escala do pensar é exponencial e infinita - criar! Imaginar.. Morrer frio como uma sombra sem ter passado por tudo isto, ninguém sequer cogita e o melhor: está ao alcance, se não de todos, da maioria.

Petro

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