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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Fortaleza, dezembro 16

Lendo, em algum lugar, que tornei-me, enfim, poeta agora a pena pareceu a mim tão educada; graciosa, e obediente - talvez escute-se menos, por aí, que há poetas, neste mundo, do que ouve-se haver políticos ou catedráticos a quem, aí sim, respeitar: balela! Somos um e somos muito, já -; eles, se reunir cem mil, atores e feitores de leis e ciência, ainda assim sempre cabe a questão: a quê, realmente, mas servem; se é que algum dia dei fé de, por rigor, hajam leis que se cumpram; ciência que alumbre, já eu cumpro minhas linhas, às vezes, é verdade, bem só, e contemplo em verdadeiro alumbramento o que escrevi. De novo: comecei por afirmar, sou agora poeta: veja: dois pontos, um sobre o outro pode não fazer um poema, mas, e cabe isso aqui, fazem todo o sentido. Para além, é nulo o trabalho, ao qual alguns poetas se dão - e, olhe: poeta fiz-me só agora - em mitificarem suas crassas alegorias, de empompá-las -: para quem, afinal? Mas, vá lá, que deixe-se acreditar na poesia é mais importante, e se é que não incorri no equívoco que mediei; mas isto é de qualquer um, não é meu e apenas é, e pronto. Vá lá ver também que os homens de leis e ciência se em nada falham? Falham, sim, e muito - dividimos, assim, uma proposta e vá ver-se quem, de todo, jamais errou! Eu, pelo menos, erro onde é permitido: ser poeta, afinal, é ter nascido errado...

Pedro Costa

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