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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

- Sem Título -

(I)

Falam-me, lajedos, a cousa e a matéria do mundo,
uma prisão na qual atrevo espiar fora; mas, só por um
                                                                                                     [olho.

Neste mesmo enviesado olhar, quieta reside uma
paragem de sonho: desconheço a mim na floresta
em que tornou-se-me o peito erupções.

Neste fechado convívio sou obrigado a racionar
 as quimeras; trespor as ilusões, num apagar de velas - e, o
mesmo sopro quem  faz lume a neura habitando
em mim, um apagar-se constante, é a que cerca
a centelha na esperança de um jamais acabar-se.

Brutal, esta presença nublada de um espírito em
gritos, quase a tolher os meus sentidos a um nada
vigoroso a absorver-me; ela guia a saudosa imagem
a quem tenho-me, atualmente, acostumado a saudar.

Pois feito tudo que chove, estas lágrimas mas pendem
- não dos olhos -, do peito dilacerado um
                                                                               [vão.

Inda pois, se são elas quem me escolhem.

Mais ainda o prólogo deste sentimento; a
dor a esta contenda, só prefere o incauto
do absurdo; e mói a mim como tais, frias,
são estas paredes.

(II)

Por entre vias, combogós atestam minha memória
solidão;
                          pendo pernóstico.

E se, sobre lidas, se-me ocorra a salvação, para
quem terei eu de oferecê-las!

Mas, de preço alto, esta liberdade a meu seio
agarra como um carrapato; e, o sangue ido nela
é a simples prova de sua existência -

Agarro a tudo neste momento, ao quanto foram
vis os instantes cá por dentro!

Ai!

Esta carrapeta consome minhas energias, o meu triste
cantarolar entoa; repentino, aquelas antigas melodias
dos prisioneiros e repercute neste labirinto o eco do
meu penar..

Vai ver lá fora, por onde espia este olho bom, pontas
de cigarro dir-me-íam o caminho.

(III)

Pois que queimo meus pensamentos.

Com a intensidade de um vulcão; oiço-lhes as ordens -
a minha condição, por mais constantes, descobertos;
por menos aríete, convenção.

(IV)

Então à cada protuberância na mestiçagem entre os
abultres esquisitos onde pousam a rouquidão de sua
voz: é lá onde devo mirar minha sorte.

Presumido o certame, um infinito oceano onde ontem
pairou minha reticência - é principalmente ao respeito
a isso o quanto a mim restou;

Se no cavalgar das horas, um verme contido inda se a
meu destino acomoda, eu previno o dano convencional
em destituir-me da atribuição deste miserável corpo e
me entrego.

Petrecostal

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