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domingo, 8 de dezembro de 2013

Sucesso nas cousas simples

Treva maior, merecer o sucesso antes de tê-lo conhecido ao menos an passant, inda que intermediado; não há. A suspeita desmorona em cada ocasião onde morem folguedos e festejos, e não já pode-se entorna-los, vêm para mim, como imaginava - tal sensação promovida num deságüe aferido ao trabalho prolongado, de quem espere-se o remanejo da glória - pois que existindo mutuamente há de ofuscar um em detrimento do outro: pasmem!, o vencedor é o oprimido da solidão... - cobrir-lhe estas mendicâncias dos bajuladores; ou seja, mesmo este brio falso, esta pronta-entrega para com quem alcançou, é imperiosa quando serve para assentir: estou trabalhando, e nisso mora, neste esforço, medido, uma lança que aponta! Na própria relação em quem moram prelúdios da triunfal vontade e os arrebites da desilusão é que é dada a cabal conquista. Pelo quanto aí demora-se é quem irá decidir portanto o reflexo cristalino de proceder-se ilimitado quanto ao talento - uma vez pouco clara para seu remetente, o receptor (talvez essa metamorfose que chamamos crítica), à tal propriedade, podendo ser chamuscada, burla quaisquer ordens de receitas para o sucesso: como água morna, este deveu ser derramado à doses de cuia e pertencer, reconhecido, ao crivo da aidola; porquanto um grande adubo justo para quem, exímio de sua roupagem, o teça durante o mais longo braço da indumentária; pelo que sabe-se, é na solitária condição de costureiro, tecelão ou ourives, onde caibam persistência e sorte, nele que pode, estar ao alcance da mão, proscrito, o gorjeio e a graça de sua criação, e, mais ainda, devendo esta para com aquele aquela mesma velha cumplicidade do gênio para as cousas simples.

Petro

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