Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Qual desgosto

Qual desgosto, viver
Pois eu já adverso
Vou-me mais ledo verso
Sem mais provo haver

Um verdadeiro desgosto
Em provar na moléstia
Na qual vai-me falsa modéstia
Sei, existe-me encosto

Porque mesmo toda bravura
Desenhada cada fissura
Desprende-me uma ardidura
Corrige-me como me cura

E, por parecer funesto
Cada tanto é-me jura
É trova de protesto
Em mim, é linha dura

Mas qual desgosto
Entretanto jaziria
Manifesta toda orgia
E as Bruxas de Agosto

Também sem-me cadafalso
Atroz, bendito encalço
A feita no coração,
Qual é asma em meu pulmão

Sincero, não mais que tudo
Ao embraço de bom tempo
Levaria-me ao vento
O rubor à sobretudo

Coeso manto negro
Estaria eu protegido
Se por cada desagrego
Eu pudera; esquecido

Da'Alma breve qual desgosto
Quem marcou toda leveza
Numa broca de tristeza,
Qual desgosto...

Petro

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