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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Uma via de praxis

Não houve pensamento ou sensibilidade para tal esmero o qual  ao cartesiano, ao determinado, ao positivismo - demo-nos a expressão que adquiriram, avançados em emergir da profundeza o sulco como dado foram as proeminências  de uma consciência, até então. À procura de uma explicação razoável para a natureza do cognitivo passamos a imaginar num grande projeto matemático um modo elegante e a concatenar às propriedades do espírito algum de supostamente sóbrio, de maneira a enlaçar subjetivo o cogito e justo, prendê-lo a esta norma no pensar. À existência mesma ligada a tais motivos, toda experiência se-nos envolveu, desde ali, como um intelecto subjetivo - aprovamos a lei áurea da ratio desincumbidos de quaisquer culpas, adulterados os preceptores da percepção externa, âmbito do pessoal, na convergência alijada dos atenuantes práticos. Provamos sombreados pelo sentido da praxis um envolvente jogo sensório de onde brotarem-se renovadas as ciências fundantes em teorias fluiu e mesmo jorrou à humanidade numa inteira e nova conditio sine qua non para exonerar ao passado definitivo reificados assuntos a guardarem nos antigos livros, um entorno sob o qual rondaram superstições e ideias afins. Como um bloco, caíra por terra a assumpção devota ao místico, entronara a uma só vez a virtude racional, a verdade científica e a dúvida insidiosa que prevê; hipotética em valor como inconstante em progresso; movimentara, de ali, uma engrenagem tendo por escopo o homem feito medida integral, a razão. E por menos desenvolverem-se as suposições infundadas, imaginou-se múltiplas possibilidades para a ciência partindo deste ponto. Severa, a alavanca daí partícipe para o enfrentamento dos desafios - a, por certo, seguirem-se -, desacordado o sério na prole do impensável, pois que tanto dantes jamais esperara-se por ser sério, uma retomada à corte monárquica presilhada de reis ávidos pela conquista, adquiria-se a visão grande o bastante para enxergar, numa prática arcaica, um cívico; mesmo crédulo olhar para as naus, na navegação especular o horizonte mais longínquo; precoce: uma ameaça aos que prudentes de visão, à conquista dos mares: instrumentos surgiram, a tecnologia permitiu - e, às terras distantes aportaram as ambições humanas. À tal processo chegara uma prenda cifrada sem valor estimado; para além, um renovado estoque de oxigênio para o lampejo de uma era. Por senão outra forma, o universo sofrera um balanceio suficiente para alterar seu ponto de apoio; no quando mediu-se especular para além de mitigações sob quaisquer fossem as regras anteriores, para tudo formaram-se novas escolas; novos redutos para o pensamento, o quanto a necessidade erguia; ao desacostumado manto de uma só lição caía feito indumentário à tanto mui bien, este, para nós os modernos, seu embrião e à mesma raiz de quem hoje vivemos à sombra: às frondosas árvores da razão, donde mesmo Newton acordou sua Lei da Gravitação; donde o Humanismo, a Renascença - até o remanejo destas peças então fundamentais - à discordância futura no prosaico vindouro de suntuosas mentes - embora sejamos pensadores inda, nagaceamos com estes grandes que houve a nossa paciência.

Pedro Costa

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