Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Má digestão: para exprimir uma colocação, o pensador sofre de danação congênita, muita vez dando com os burros n'água em apontar certos argumentos; ao contínuo de quando pensa as entranhas deste ato meticuloso demais, a saber, ele procura numa espécie de jogo consigo mesmo - por em pauta uma luta constante vigente em seu organismo, se ele devota ao peso de suas preocupações em dar e conferir clareza a algo que é por demais subjetivo - encontra no outro uma barreira inenarrável a confundir-se com o entendimento daquilo por ele produzido - um misto de interrogação com exclamação - como uma fala de basto efeito; porém, sem domínio de si enquanto ente lingüístico, porquanto irá produzir um signo fraco, abstêmio em significante mais até que em significado, pois é de esperar de todo sofrimento, este de vomitar uma paulatina verborragia disforme, que é o pensamento externado nesta situação, que inda deformado contenha em si uma forma legível ao intelecto. Na medida da matéria, no quanto ao pensador falte, sobra ao pragmático - este ser encurralado pelos sentidos - em apurar os objetos do meio, muito claramente sabe o pô-lo em palavras distintas. Na veia cruciforme deste caminho, é estampada a conditio sine qua non do conhecimento produto final da dialética. Território do filósofo, mas também de uma dita vita contemplativa, verdade das aprências substanciais imposta pelo imediato deter do saber. Para tanto; e verificável quantia de verdades aí contidas; supre-se a necessidade segundo uma regra que muito me parece básica: uma titulação, em primeiridade, do pensar; servindo tal para dizer; de grande serventia é para o pensador. A alma do mundo é o plano onde atua o pragmático, o qual, só por mostrar-se demasiado competente em perceber, erra ao imaginar, só podendo agir enquanto o segredo por trás das representações é-lhe revelado. Para o vidente, esta contemplação de uma irradiação a qual desconhece, mas que em outros sítios o fere como Voz da natureza, então o basto de uma pena e um pequeno pedaço de papel contém já um tesouro precioso. Medindo por justa balança, ao maior peso - indecoroso ao filósofo - cabe-lhe a maior medida (a mais suntuosa e oblíqua), a de em cada minuto de uma dada experiência; da qual o pensamento é exórdio; da prova cabal do sentido ou da vita contemplativa - viver a vida é devorar tudo o quanto experiencie, no mais e o mais importante: sem que morra por uma má digestão.

Petro

Nenhum comentário: