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segunda-feira, 26 de março de 2012

Poesia inacabada

Feito de poeta,
Corre desmundado;
É vício,
Desperdício, e,
Poema descarado.

Se vale inda algo,
Foi de este feito sido
Uma prole que desobedece;
À linha a pena, o acontecido
Vai à tarde qu'escurece.

Então, feito lebre, a noite
Vem-se morosa qual semblante
De mulher efervescente,
Perdida nas vielas do Silêncio;
Dos últimos homens, trela corte
Fazem em opulência...

Acabo assim,
Do começo pro meio;
Preto alveolar,
Um prego bem-me veio;
Da luz que me alumeia
Sou séria costureira:
Na rasa dor,
Eu rezo um terço.

Carmem Paiva
26/03/2012

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