Leve afago ao que te disse não,
Pois na negativa do ser te pertence,
À alma, corada, a tez fez-se vão
Para meiga mulher ser ciente
De que para tudo eu te vivo:
Um brinquedo ao olhar da criança;
Brinco com a voz da aliança
Que grita por em teu anelar ser estivo.
De quantas dores são esta paixão?
Desligo de mim seu alteio
E triste vou meio a meio
Andante, parado:contramão...
De toda essa gente passante
Só vejo teu dedo ao diamante.
Sossego, só em ouvir-te o tom
Duma serena lira intensa.
Dependo da tua licença
Para falar do teu dom,
Que é ser esta minha menina;
Competir com a dor vespertina
Que brilha em todo meu poema.
Já, tu, brincas com o diadema;
Pra mim, faz que nem liga.
Mas sei, minha cara amiga,
Não fosse minha negativa,
Talvez nunca fosses minha
Como é o cair da tardinha;
Alma tua, esta é vingativa.
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
terça-feira, 27 de março de 2012
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