Eu oiço a cantoria
Dos pássaros no céu
Tamanha minoria
São as flores ao leu
Se outra fosse eu
Isso não o veria
Talvez só queriria
O que me prometeu
O Deus deste desmundo
Ao qual flertes lhe lancei
Quando parada, ao fundo
Dum bom quadro Lho borrei
Se então vejo as estrelas
E percebo que elas existem
Foi dum sopro da Salete
Uma vizinha daqui
Que diz contar estrelas
No verso a que habitem
Assim, tenho com os meus
Que me matam: Valha-me Deus
A cada pedra que atiram
Mesmo assim eu lá qu'elas cintilam
Pois somos todos astros
Ovelhas em mil pastos
Guiados por Sua mão
Sou só assim também
E não acho tão ruim
Porque todo o meu de mim
É o meu de mais alguém
Quer esteja a muito longe
Quer não seja qual Solange
Outra amiga de par
Que pra ela nessa terra
A vida é uma guerra
Um caminho sem lar
Do mesmo modo vão
Áurea, Sulamita
Há também a Conceição
Todas minhas amigas
Se se junta essa gente
Aí, meu Senhor;
Lega a inconsciente
Vontade do Pastor
Que vamos, aí, descaradas
Andando por esse desmundo
Feito o clube das separadas
E à Deus: Tudo!!
Carmem Paiva
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quinta-feira, 1 de março de 2012
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