Carnaval

Sinais somados por todos os lados
Encantam os foliões
Casais de braços atados
E o suor numa pá de canções

Produtos sentados nas feições
Árabes penteados
Coroas nos educados
Corpetes de mulherões

No sono bate um olhar
Faz dormir às multidões
Começa a pestanejar

As trupes em seus cordões
Para ao corpo os salões
Seu gingado poder descansar

Sei tudo da curta alegria
Jorrada aos cantilões
Parando a melodia
A festa ata os botões

Pondo uma roupa rogada
Sonâmbulas, as missões
De gente boa e erupções
Conflitam na triste toada

Numa poça de ilusões
Para se então por a farda
Enfiar-se nos pijamões

Toda essa batucada
Fazendo dormir emoções
Ao luzir da aurora os clarões.

Petro