Um poeta sem sua arte
é:
um barco a navegar longe
da maré
Ser quem ele é ninguém
deseja
tamanha é sua limitação
e peleja
Aos demais cabe não ter
sofrimento
e um poeta o faz por eles
e ainda ao relento
Um poeta precisa duma
inspiração
sei das musas o encantarem
com sua canção
Quando, no entanto, nada
disso o basta
ao pobre coitado não há
modo que o afasta
de doer um pouquinho
mesmo pelos demais
talvez esteja mais próximo
ele dos animais
Que instinto de um poeta
é uma cousa
é o mister da mariposa
que não escolhe onde pousa
Um poeta é inda mais que
isso
é talvez uma serpente -
o que valha o que atiço
com essas meras palavras
sem quê algum
apenas êsse cara dito
cá, quero ser um
Um poeta que vai sem
sentimento
poetando sem pesar ao
sibilo do sonho atento
Talvez seja um pobre mesmo
cheio de chagas
que dessas a pior é a
loucura que faz mágoas
Um poeta quando torna à
si vira ciente
de ser mais uma vez feito
toda essa gente
Que anda anda por aí só falando
mal dele
aí é que jaz a diferença, pois
rele
é um alguém perto dum
poeta poetando
Um poeta assim é pássaro
livre ao vento arbitrando
seu vôo sem cansaço e
toda sua arte
a espalhar o eu dum poeta
por toda parte.
Petro
13/01/11
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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