Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Na Superfície

As tenras possuídas e vadias tardes
mo reclamam, feito uns alardes
algumas linhas sobre a existência
e que fazer da tal querência
senão obedecer feito um escravo
quando da pele em seu tom alvo -
essa sua tão leve e suave -
assombra-me em mais esse entrave?

Há algo na superfície
uma boa prosa - disse me disse
que leva ao pensamento
e este vem advento
cobrar-me o que pagar não posso
do fundo d'Alma não haver bolso
só tenho a oferecer a intuição
e, assim mesmo, por doação

Então vão as palavras entregues
fazer compêndio e entrar a greves
deixando-me louco em palpitar
sobre cousas frívolas, decoro dum lar:
paixões infantes, metro sem rima
desapego da carne, o que abomina
e entrego-me feito uma farsa
enquanto de longe alguém mo faz graça.

Não nasci poeta pra ser assim
quis mais, a saber, ter um fim
mas hoje vejo nada ser como penso
apenas escrevo e faço qual censo -
pesquisa dos meus escritos -
vejo o válido e saio dos mitos
para, solto, fazer minha sina
de quem muito escreve e a nada assina.

Petrecostal

19/11/2010

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