Nobre Vassalo
Ofuscado pelos ares de infinita superioridade dos grandes cavaleiros, põe-se o nobre vassalo a chorar escondido as mágoas do recinto que outrora chamara de lar. Dado como verme impuro, miserável e inoportuno, despido de brios ou glórias, encontra a única porta num coração de uma bela dona, bela alma vagueante, lívida e destemida, desprovida de medo de amar. Vê a moça naquele tipo taciturno um espírito soturno que brilha reluzente ao banho luminescente da lua: o luar. O fogo da paixão desponta e às duas criaturas às envolve, como envolve o negro manto celestial da noite tudo que é terreno. Nunca tinham visto as estrelas casal de tal ternura e beleza, os dois a se olharem. E, do pobre vassalo vestígios não sobraram, apenas ficou a nobreza de quem aprende a amar.
Fortaleza, 07 de agosto de 2002
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
sábado, 10 de maio de 2008
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