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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Antes que o dia caia

Mora no violeta de um dia em plena queda, abrigado no ocaso de tudo e como um nada perfeito a minha consciência; esbanjando, da raiz de um grandioso jequitibá, que é minh'Alma, até a copa majestosa, que é até onde minha altura alcança, um sossego; uma dormência acumulada de séculos, e nostálgica ebriedade, e estende-se a minha consciência, do encanto do mar ao vazio da noite que se anuncia; e, bebe de tudo e sacia-se com o mundo diante de si, a amplidão de uma consciência inquieta, difusa e complexa, o vivo negrume esbanja em seu semblante como vagueia a lua diante do espectro noturno que a ameaça, e a tudo toca e por tudo, neste pleno nada, é tocada; consciência de antes que caia o dia que anuncia o advir da próxima aurora, com aquilo novo de novo que traz; com esta mesma consciência basta a cada novo dia, eu penso com sua permanente tarefa inconclusa, de consciência que se forma e reforma, que este dia cai feito todos os outros idos e que virão...

Pedro Costa

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