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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Masmorra

Na realidade, é muito fácil
Ser o que sou, fazer o que faço.
Eu aqui o explico, sem embaraço:
Para começar, eu lembro que ágil

É o pensamento, quanto ao passo
E, se ágil forçosamente vem um plágio;
No que afasto --- pois que lasso.
Espero um momento, ou um adágio

E normalmente procuro, numa palavra antiga
Certo de, em se assim o sendo;
Em caso de por ventura, a palavra tendo

Nela um motivo, ou uma razão que diga
Que por ela terei de passar; e sem ela,
Haja de eu não a reter, eu numa alforra

Eu, constipado pelo seu sentido, no que revela
De próxima, da origem ao quanto amiga
Se, e portanto é importante que o seja, nela

Vendo talvez aquilo o menos de traço
Do meu e que não é-me, dela eu me desembaraço
E termino simples; como agora escrevo masmorra.

Pedro Costa

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