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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Se és o quem te diz

Inflas o peito ao brado - poéta!, então; e, eu: louco! Vais-me o teu aleijo muita ojeriza de tua parte - para comigo!, eu; que penso... Ora, deixa disto. Qual sentido há nisso? Eu, que existo não por que penso mas em se-me pensar, atribuo; elejo - mortifico na posse de mim, este oceano quem sou eu! Vai! Protela. Argúi. Discute, enfim. Ah.. nada podes assim, eu bem o sei; que dirá afrontar o tridente em chamas do inferno que é este pensar - e, mais; este saber que penso; que opaco vou à vista, mas lendo o primeiro livro o qual para tu fez-se-te o último. Para quem te és? Eu sou para o túmulo, para a morte - aflito eterno em minhas feições; estranho a ti e a outrem mais, porém espreguiça meu lamúrio num confim que de tão distante faz-se-me um cárcere e desta prisão eu já permito a mim, pensar; emotivo penar este seguro às febres mais comuns aos deste retiro libertos quem, só dão em mim, pois que a liberdade ali desconhecida é a minha maior visão; é o mesmo sino do mesmo campanário da mesma torre da mesma igreja a qual por toda a vida censurou-ma com o argumento do cristianismo e quem queimara o pavio de minha opulência estourando fazer-se cárcere isto que é o primeiro pensamento - laje inicial para suportar meu peso inda leve para o supor estar nali contido; único filamento tornou-se-me o tricô ad infinitum de Ariadne, um dormido seguimento estonteante na labiríntica formação da qual ma oponho: pois deveríamos ser livres!; livres por comungar não a mesma razão contudo diferenciando-nos nela - ali, tu: assujeitado; cá, a mim cabendo assujeitar! E, camabaleio nisto profícuo, lamurioso e são! Empávido dosa-me o quê que tem da vontade livre de não o ser por completo; e, veja aquela árvore, aqueles montes; estica-tos mãos à obra - não delires, a poesia é a estar sempre por vir, sem jamais estar quando dela mais precisa-se! Ó! Mas, Ó, a filosofia - chumbo negro do saber quem constrói-me a mim no meu regaço, e, penso sobre isso, Ai! Vão estrelas e vão mundos, e, tão pouco ainda se sabe, e, nonde faltar, é de estar-se nali - inda incompleta mas estadeando: um casulo quem a uma linda borboleta dará à liberdade! Ora, senil! Estou em tudo meu, são!, e mais vos digo, meu camarada: poeta; à meu abrigo te recebo poesia; nada menos injusto, recebe-me iludido. Pois que então minha ilusão construa o mundo; que nele (como abrigo) a tu também caiba a tua inanidade já por ser a esta altura o universo um só e único pensamento - assemelhado a tu e a mim, quer o queiramos ou não; então, nada queda-me tua tristeza, eu sou dous - a mim e a quem vais comigo. Torturado na realidade da desconversa se a algures me chego com tal palavreado - Doudo!, por fim; mas curado de ser poeta e, logo curado do tu em mim...

Petrecostal

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