Ó! Como seguem-se ao poema as cores demasiado atribuídas ao somente vê-lo o poeta seu cromático feitor; e, as rimas, como lhe embotam contentação e serelepes pulinhos, findo o poema, e quanta alegria não existe em contar um alexandrino ao encaixe perfeito, numa sintaxe profícua ao seu estilo e tanto mais que faça ao seu escrevinhador uma criança adulta; cheia de carícias para com seu parto - e, Ai! se houver de abortar; Ai!, houve um ruído, o senso lhe cobra, e vai aí um feto sem vida, uma poesia desidratada; uma moléstia de quem padecerá por dias, Ó, poeta. Miríades; sangue coalhado, o esforço comum à elaboração de um pensamento foge ao disfarce na teia rendada no exercício da compleição a dever-se mostrar; um vetor de propriedades complexas, meios duvidosos para fazer-se e imponderabilidades caem em questão quando passa-se ao tributo que há em suprimir à mesmidão onde ocupam-se devaneios - e demais veleidades - de comprometer, na lascívia erigida no sustento de uma tese ou algo sobre o quê dissertar alveje uma potência; um sistema do qual possa-se discorrer sem medo de haver nele falhas e comprometê-lo logo aos primordiais acordes; a incumbência de notas sequenciais sem perderem-se no ritmo à harmonia; enfim, uma clausura donde a válvula permita o escape apenas do oxigênio de soluçar os desmandes, mantendo-se fiel aos seus princípios e, uma fábula, que, quando contada nada perca em sua retração imaginária -, uma vez ligado tal imbróglio, perpassa como uma corrente elétrica - por quanto pendeu-se uma discreta evolução no modo como é entendida a cada ocasião na qual é contada. Ó! se então minha advertência coube ao delúcido em cada ora em que se pensa, foge ao caminho das divagações; mantém uma retidão requintada de sentidos, uma volução natural para o entendimento, uma tapeçaria para os sentidos - a devoção ao cogito, falar-se na propriedade mesmo da irrazão; à sustentação de um projeto imaginário planejado à vida mesma, e inoperante quanto às fracas potencialidades ao seu entorno; voltado apenas para sua carga, em embotá-lho precisão e acuidade! Olhe bem!, disto aluga-se promissor o minuto à quem dedicou-se o seu autor revela uma habilidade, a saber, tratar-se da tese pela antítese e atribuir-se à síntese já em praticar o ponderado. Mas deve seguir de forma a exasperar o conteúdo e extrapolar o recorte para o geral; feito é o labor do livre pensar - ele mede pelo artreiro, na formulação de um termo a detê-lo já para si um processo do qual é parte essencial; pois que uma boa rima será sempre "rima e não uma solução".
Petrecostal
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
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