Permanece bobo para ti o meu esforço? Conteudicamente, um nada alado, ou, um plano de efervescentes ambições de tablado - vou mais -, um sonho a descoberto, ingenuidade de opinião e matadouro de ideais, Ó, meu caro, como vais infantil ao meu decoro: jamais verás apontarem ao filósofo e dizer, lá vai o filósofo; não!, na vereda, é ele, dantes pois que antecede, um louco; criança madura; animal sem instinto. Acostumaram em tua providência de manter-se empanzinado do trivial o medo na disparidade e da influência nossa. Vestiram o apreciado e qualquer modo uma indumentária avulsa e rica em adornos - para se-te olhe, e diga, ando bem vestido; e se tal me pareço é que sou; mais nada. Iniciar-vos por uma aparência: qual cegueira danada! Perpetuar-vos o mesmo sesto a vida inteira, qual virtude qual o quê! Embota-te o elemento e têm-te o universo um astro radiante, ora, se não é o sol quem acolá diante de mim, brilha! Vai e, vai assim mesmo - é o quanto podes... O quanto mede teu tremelique costumeiro de vaidade; em sendo para a paródia o acompanhamento ideal: isso! A paródia dum homem é o que és... somente. Há menos maneiras de a ti fazer um chamado que a um cão adestrado (quem, em se chamando, vem); retornas-te para consigo tua prosa, esse breviário incontinente. Ouvi-to de própria boca. Nada legas. Porquanto em meu traço, seguem regras e bordões; vinga o montículo um pensamento de quaisquer naturezas - uma pequena montanha, a quem dou-me a escalar, aos píncaros de mim mesmo! Eu sopro e o universo refresca; queimo e o fogo braseia; respiro - os galhos das árvores sacodem.. Poucamente sou dito, conquanto, preço para tanto o repouso convém. Aspirante a derradeiro, fonte das últimas cousas. Riacho praceiro onde mergulhar os pés. Eu, convidativo. Pouco de nada. Maneiras vas invoco, se te apareço míngua, desprezível, essas bordas que te contornam a silhueta de quem sois o óbvio retrato; eu, não me pareço - remoendo sombrios cômodos vazios em abater-me da solidão; em tônus de um martírio imaginário, uma febre em ferir e doer.
Pedro Costa
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
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