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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

II

Cai um pouco o miragismo.
                                                   Sebe ao canto
e eu me encosto;
                                     ombro largo à planta viva -
                                     tronco de aço.

Lá no longe, a caminhada.
                                                   Cá, meu canto
é coxia, e, eu sou do passarinho a piada d'agonia.

Toco de pau, eu deito e verga meu chapéu por
sob o enimigo sol que é brasa, e é um pouco
noite entre a coriza do nariz e o couro cabeludo.

Verso um sonho a descoberto - à maneira de um
quarto de hora.
                                     Olho bom é um fechado.
O outro pestanejando, pra sentir no cílio uma
preocupação em se dormir à meia dose, é o
sertão das avoantes; dos cajueiros; bebedores
de cachaça; das moças mais penteadas do Brasil.

Quando esfria, a coriza afunga nas ventas, e a gente
acorda logo - acabou o sossego: tange o gado, dobra
a reza e légua pra frente.

Aí, se passou o perigo, fica até bonito de ver.
É tudo um roseado na boca do firmamento que
acordou.

Acolá - nali, onde a ponta da venta mede no
violeta uma estrela -, é mais desmonte de beleza;
é quem me um dia já disse: a estrela que é planeta,
olhe no mistério, ela no pretume é quem primeiro
se muda em luz - Vênus, me disseram, dia desses..

Petro

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