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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Devaneios sobre o verbo 'achar'

Com alguma certeza - inicia-se um discurso: ora, mais nada daí advém de propósito. Uma tora de madeira a corta-se é pelo caule e não podando galhos, aliás, bem à moda do poeta, a cultivar uma semente em seu jardim para desarrebentar uma pequena haste e presentea-la - uma rosa - a sua amada. Vê!, ao corte de um Jequitibá que dá-se por assim dizer uma filosofia; à seiva, à casca e ao miolo; duros; é que está a sua matéria, no quando dá a flor somente uma impressão à morrer das aparências, a nós os filósofos, vêm-nos aquela tábua inteiriça e sua lordose de empenar-se e contorcer-se em milhares de anos; pois que precisamos tempo.. Sombra da pieguice são as derivações terrificantes dos mau acostumados, ineducados se por valerem-se do benefício da dúvida - esta cobra traiçoeira de rara conformação -, por bem darem-se o permissivo, acho... Bulhufas!, a ordem do espaço medimo-la para a tanto qual evoluímos nem mesmo saber como usá-lo: ora, vá à forma primordial de uma colméia e lá meça seu achar - já que é assim como damos os filósofos ao nosso labor, enfiando lá a cara, pior, cobertos de pólem das flores de quem nos presenteou por uma variação de seu humor; devolvendo o essencial ali sem reclamar romarias ou credos. É como funciona a cousa da filosofia, embaraçada ao ventre o tempo é uma cobrança esfíngica do qual achar, mero grego, é para cá os edipianos o devoro último das nossas capacidades, a liquefeita moral entabulada emana sua projeção - esporádico, o teu devaneio, mas diz: então cora, porque para mim não és filósofo o bastante - o teu termo não convém só se erudir o meu mistério. Ai! Lancinante dor de quem o sabe.. Terror... Ser o solado de quem mero anda, ora de novo, não serias vós por quem levamos a sina só por nem medires os próprios passos por acharem estar certos: que ache! Não certo ou errado. Pode ser um dia o convenha um sisudo ateniense por prestar-te e dizer: "Desaprende, tu! Se achas que sabe..." e, então é para a filosofia a carta branca do censor o certo desespero santificando enfim se vês!, e se bom, um de nós padecer, por fraqueza, de piedade - atropela a integridade dele; não merece ele o que foi-lhe dado; zomba do cortiço em quem virou-se-lhe pensar; embrutece contra, como ao inimigo é comum e permanece ciente de somar um já sem número dos de nós que da mesma maneira foram por acharem-se, demasiado, e faltarem em competir desarrazoado o mundo quem expulsa-o de si. Um moribundo, certa vez dirá se cousa alguma acha lá da morte?! Pois que assim é o filósofo ante sua filosofia.

Petro

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