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domingo, 15 de setembro de 2013

Das cousas bonitas

Há-de manter-se as cousas sempre bonitas: um sopro de beleza enevoada a cobrir as agruras, uma dona do bélico a poesia, um castiçal aceso nas entranhas do horror. O semeador quando joga sementes ao solo dantes faz uma escolha, somente as propícias a florescerem são selecionadas; o jardineiro poda as heras daninhas no seu mais profundo à raiz - promete ao jardim apenas as flores mais tenras e não foge muito deste modelo quando corta um ou outro galho seco para empertigar do contorno formado por suas rosas também os espinhos se for dos mais caprichosos; nada alega em favor d'algures quando lhe reclamam um certo torpor - formaram-se aí belas amostras - felicitarão - muito embora passe longe da perfeição. E, a primazia do olhar volve seu julgamento outrossim sobre quem adverte ao simples um quê de beleza; não (parece) suportam no vizinho uma cor rara à si qual não se possui um invento de jardinagem fugidio ao seu conhecimento: mesma cousa, os semeadores ao dispensarem certas sementes de darem vida talvez à comida no lugar de tamarineiras (vegetais, quem sabe) - legumes, milho ou outros cereais a uma árvore frondosa. Tal qual é o valor da escolha - e, inda é preciso a beleza.

Pedro Costa

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