Hoje eu saí de poeta
Deixei a culpa em casa
Roubei um buquê de palavras
E segui em linha reta
Ao longo do caminho vi luzes
- Era a cidade estendida -
Tomei o rumo de partida
Esqueci de levar minhas cruzes
Roubei um beijo ligeiro
Da moça mais formosa
Outra, lhe dei uma rosa
A terceira eu só falei passageiro
Até onde a vista alcançava
Era lua, era tanta lindeza
De modo que de aspereza
Meandros mo não tomava
Num boteco, pedi de bebida
Já grogue roguei caminhada
Já o caminhar à calçada
Poeta Alma recolhida
Hoje a vida é besteira
É cousa assim que sei não
Te falo a ti à contra-mão
Que hoje tudo está primeira
E na toada do assobio
À passos lentos, preguiçosos
Como os salgados remosos
Do vendedor ao estio
Poeta, saí hoje de casa
Espírito leve e faceiro
Da Alma deste feiticeiro
A levar magia à bagaça
Qu'o povo quer mais alegria
E, rasgo, na febre na lida
Com a camisa carcomida
Sou povo, sou esta energia
Sou fuga da casa malandra
E fica douda na espera
A moça - dentre todas - mais bela
Aquela que em mim só manda
Mas vai, deixa-me comigo
Pois hoje vai ter a surpresa
Carrego comigo a beleza
Que faz de nós dous mais que amigos.
Petro
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
sábado, 18 de agosto de 2012
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