A escrita vem-me cansada,
parece que não quer acontecer..
Minha voz vai embargada
dos mil cigarros qu'aos trinta já
fumei; e o mundo - o mundo anda
cansado também, de mim; do que
escrevo.
As pessoas são só pessoas e
o encanto acabou.
A novidade envelhece em dar-se por um átimo que
já nem é mais o agora, e as minhas filosofias não dão nem pauta; e o suor
prova o sangue derramando-se por minha axilas e molhando o tecido da
velha camisa e pensar já foi mais alucinante, e o fazer faz fraco.
Aliás, sinto-me fraco - com
o perdão da confidência.
Se ser minhas mórbidas miudezas já acaba bem
devagarmente, o tédio é um assaz companheiro.
A preguiça consome as rajadas
de mijo, eu sei menos do que sabia e, como um animal - sento no vaso deixando-me
consumir-me em fisiológicos devaneios,
A prata corre-me dos bolsos,
estou solto,
estou doudo e incapaz da emoção.
Temo por mim. Não sei onde isso vai dar..
Bom que passe, fique algo assim de valor; do gosto ao qual provo
nas cousas íntimas; sou parvo em pingar assuntos desnecessários;
E estou mais em mim em calado desgoverno; ansiosamente sou,
Aos trinta...
Petrecostal
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
domingo, 19 de agosto de 2012
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