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domingo, 29 de julho de 2012

Ojeriza

Ojerizam-me essas pessoas
Internalizadas demais
Como se do vulto qu'a alma lhes traz
Tirassem só as mesquinhezas
E como se vivessem de incertezas
(Pensando eu, humildemente,
Isto não ser certo)
Avultam-se sempre por perto
Só mas trazendo poucas e boas

Perdoem-me a indelicadeza
Não sou de falar mal,
Só que não é natural
E, por certo, muita despresteza
Da parte de quem - e, olhe:
Não sou ninguém!,
Acha do outro saber-se àcima
Daquilo do próprio outro a
                                             [estima.

Para encerrar de pronto
Empatizo muito portanto
Se são finas as mais leigas
A não nada por no outrem
E sem desdenhar por alguém
Tornam-se assim minhas amigas.

Carmem Paiva

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