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terça-feira, 3 de abril de 2012

Certeza Única

Vi, filhote, o mundo
Com os olhos tão vermelhos
Procriarem qual coelhos
Inverdades do Imundo.

Balançando em minha cadeira
Olhe, compare a entrada
No céu do camarada
Que nunca diz besteira.

Esta é a certeza única:
Por debaixo do filósofo, a túnica
Que é sua maior companheira;

Vai toda gente pobre
Sem ter visto fio de cobre
Dereito pra Mão altaneira

Do Pai, Verdade do Nada
Este que nos faz estrada
E capina o caminho nosso
Não sei, filhote, se posso

Falar sem dizer asneira
Mas o digo sem meio ou fim
No Julgamento, este estopim
Se balança qual eu, a Rogueira

A fazer da Fé uma amiga
Na roda que foi de cantiga
Num tempo todo de Deus

Eu fico com minha certeza
De olhar pela minha tristeza
O rebanho dos filhos meus.

Carmem Paiva
3/4/12

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