Daqui nasceria uma cousa
Algo sem simples ser
Apenas para parecer
A mesmíssima cousa
Acabada por dizer
Segue a linha à curva
Da realidade turva
Sem chorar, sofrer ou morrer
Pois nalgum canto dorme
O ator de renome
A um belo dia que irá dizer
As meras palavras tolas
As mínimas pombas rolas
- das que nem assustam -
E que ao abreviar arbustam
Pousam sem lhas saber
Das cousas a serem ditas
Torrentes de livre ser
O certo das louras míticas
Dos deuses que irão descer
Ao quanto isso dá-se
Vou, lírico, todo à tarde
Sombreando as horas vagas
Como quem sabe:
- Tu divagas
Por nada mais ter que fazer
Às mesmas horas que bastas
Nas meninas mais castas
Sobrevoam o anoitecer
E enquanto sua veia inócua
Caricia a outra invólucra
E irmãs a tez a ferver
Revela ao mesmo corpo
Um dentro do oitro
Aquilo o que quis dizer
Pois quanto a tanta loucura
É de ver-se nas sinas mais puras
As cores e suas agruras
Fazendo enternecer
Sobrou um pouco não dito
Mas que a um poeta maldito
Dirá assim por dizer.
Petro
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
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