Não te martirizes tanto, você é a pele que arde, e
fostes já muito o possível por tu inventado. Poucos conhecem
o mundo sem pecados a te perseguir; este estorvo de ideais
procurando por todos os cantos a tua presença incólume...
É tão perdoável teu sentimento!! Queria tu o soubesses...
E ledo o consentimento... Não te martirizes tanto,
Meu Amor, enquanto isso os demais tas pesam as
críticas muito bem fundadas; mas de quanto adiantariam se
não são feitas ao cabo de tu"Arte, mas apenas ao cabo da
tua falível pessoa;
Assim como tantas outras iguais a ti, como
o cosmos ao fim do dia a aviltar a negra telha qu'encobre os
homens... como ser a ti então perfeita?
Nem o tento mais, pois sei-me limitada. Isto a por si, saberás
jamais!
Eu to ostento o célebre passo, tristonho e cheio de dúvidas,
e assim te velo.
Tardas saberes de mim também o me atacarem teias só de
confusões, sei tão belas essas cousas de deveres e a
grandiloquência moral; então rogo: em um canto sozinha.
Rogo a ti!
Rogo ao rogo por ti e a minha Alma or-
gulhosa e cheia de rogos,
Senil até a última prece qual uma lévida
folha desprendida do caule do Jequitibá maior que o Céu!
E, quando nossos olhos se encontram há esse ósculo,
não o do Latim do lábio a estalar no outro, mas o de luzes
emanadas pelos olhares - eu te encontro dentro de mim...
Carmem Paiva
07/02/2012
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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