Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Trovadores da Vila

O som dos flautins e pífaros
Entoa uma valsa módica
Se penso a noite pernóstica
Abismam seu jogo pícaros

E vêm ao levante das cores
Ainda o adiantado da tarde
Um vermelho que na face arde
E que manda embora essas dores

Comuns a quem luta todo dia
Por uma reles, quieta paz
Se faz o esforço que se faz
É porque esta vaga melodia

Emborca sobre o mundo visível
À nuvem carregada da chuva
Pingando na janela da viúva
De uma música que a deixou lasciva

Assim segue em forma de canção
A toada caminhando o seu caminhar
E no alto do céu negro a brilhar
Uma lua a frigir em meu coração

O maior de todos os sentimentos
Uma febre vasta que em si contém
A cavalgada, à violões, vão uns cem
Trovadores do mérito do contentamento.

Petro

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