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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sem Título

Finalmente às 1100hs
Descobri ser minha a lucidez
Desta feita, necessária
A lucidez para entender
Esta planície vária
Que cá vos descrevo
Esta menina.

Esta mulher,
        menina -- é um mistério
Desvendar-lhe a tez, alva da cor do corpo que vai
Morto ao cemitério.

Uma cousa louca, ela:
                                 [doutro mundo.
Mas tão retinida; pouquinha sem seios sem bunda sem ver
Nem pra quê!

Eis que às 1100hs
A tal me fez saber
Por si deter em sua sombra, a destrambelhada cousa
Doutros mundos.

E aquilo, arraigado e sem fim, compenetrou-me tanto
Trabalho...

Algo tão simples, assim... Psicológico, algo de
Alma, sabe?

Nenhuma outra eu vi mais bonita: afirmo com cortês
Palma ao rosto, num tapa.

Nem sente dor, a danada! Apenas carrega um copo
Desajeitada.

Eu, que nada tenho mais a fazer, às 1100hs.
Logo eu tão trabalhador, malhando a coitada;
Que deu em mim?

Aquela lucidez toras e toras de lucidez acabam
Por acender um prelúdio de insensatez

Pôr-me a falar de mulheres: Umpf! Quanta
Pretenção! Logo um pessoal tão cidadão
Aquele, também falavam dela, oras?

Por que não eu?

Por que não eu?

Penso,
e em meu canto só sei pensar, e o pensamento
é as palavras,

às 1100.

Petrecostal

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