Finalmente às 1100hs
Descobri ser minha a lucidez
Desta feita, necessária
A lucidez para entender
Esta planície vária
Que cá vos descrevo
Esta menina.
Esta mulher,
menina -- é um mistério
Desvendar-lhe a tez, alva da cor do corpo que vai
Morto ao cemitério.
Uma cousa louca, ela:
[doutro mundo.
Mas tão retinida; pouquinha sem seios sem bunda sem ver
Nem pra quê!
Eis que às 1100hs
A tal me fez saber
Por si deter em sua sombra, a destrambelhada cousa
Doutros mundos.
E aquilo, arraigado e sem fim, compenetrou-me tanto
Trabalho...
Algo tão simples, assim... Psicológico, algo de
Alma, sabe?
Nenhuma outra eu vi mais bonita: afirmo com cortês
Palma ao rosto, num tapa.
Nem sente dor, a danada! Apenas carrega um copo
Desajeitada.
Eu, que nada tenho mais a fazer, às 1100hs.
Logo eu tão trabalhador, malhando a coitada;
Que deu em mim?
Aquela lucidez toras e toras de lucidez acabam
Por acender um prelúdio de insensatez
Pôr-me a falar de mulheres: Umpf! Quanta
Pretenção! Logo um pessoal tão cidadão
Aquele, também falavam dela, oras?
Por que não eu?
Por que não eu?
Penso,
e em meu canto só sei pensar, e o pensamento
é as palavras,
às 1100.
Petrecostal
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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