Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Atenção

Atenção, aos que me lêem
Não sou menos nem mais
Do que ninguém,

À parte a poesia
A quem tem.

Neste mundo
O caminhar é inseguro
À bem dizer, um tiro
No escuro!

Atenção às escolhas,
Meu bem: escolhe
a mim, por favor que
da arte de viver, vou
doutor; não por menos
alongo este alerta; gata
fria, fica esperta!

Como é que se vive?
É com cuidado,
pois que para ser livre
tudo é desacato.

E por que na hora exata
do erro feio que vem
e mata,
            Estamos altos
            e lívidos, e
a queda é vária, um sacrifício?

Vai saber...
E vão as linhas frases
desfeitas; destruição vem
se não as respeitas.

Pois que criar - Ah, Deus -
é sempre árduo e deveras
triste...

Sabendo disso tudo, ainda
insiste?
           É claro, cousa mais
           óbvia, ululante qual
           cornucópia dos teus
           semblantes,
         
Atenção! Vos bem repito.

Pelo ouro de tolo e o nunca antes
dito; a revelar, contrário à regra, o
coração, que boa entrega!

Embriagado, vou escrevendo.
Por cada linha atento; feito caçar
uma palavra no caça-palavras da
vida.

Segue, então!
Que ao relento estará
tu e mais mil amigos a
contemplarem a Lua,
                         
                    Mas não te deixa
                   enganar: muito cui-
                   dado, poeta: que
                   não estou pra
                   brincadeiras.

Dizer-te em vão, é não
ouviste-me! Então, sentido!
muito respeito, estás a se
tornar dono do seu direito.

Não vais, ainda, ouve-me mais.

                       Vais ser poeta
                       enquanto capaz
                       de fazer rimas
                       dumas cismas,
                       diferente dos
                       animais.

Às vezes é-se cousa,
e à tarde, choras.

Se é tanto que não serve-te,
por que então oras?

Atenção também para saber
ficar feliz.

                      Estes versos sãos,
                     tal qual um aprendiz,
                     desalinham-se em minhas
                                                   mãos...

                       Fui eu quem fiz?

Não sei agora.

Aceita o fim, em si tão Belo; esqueces de
mim que ao fim t'espero.

Então nas nossas almas, puras e doces,
sobressairão a Arte e o Heráldico;
todinha vai -uno ao teu saber -
uma vidinha ruim de viver.

E ainda, atenção!
Sê-de forte,
Aguenta frio
Mesmo tua Morte!

Viraste filho do mundo meu,
Sofrimento dum ateu.

Cuidado, então, também
com isso; se o admito, é
por pouco, se saboreias
o que poeto, amigo; te
contradigo; és já um louco.

Atenção, por fim; à
toda forma de ação,
que mora nestas querelas
funestas, a perdidão!
Verás então; lido e
comprido, maior que
adido - severamente
posta, tua razão.

Petrecostal

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