Atenção, aos que me lêem
Não sou menos nem mais
Do que ninguém,
À parte a poesia
A quem tem.
Neste mundo
O caminhar é inseguro
À bem dizer, um tiro
No escuro!
Atenção às escolhas,
Meu bem: escolhe
a mim, por favor que
da arte de viver, vou
doutor; não por menos
alongo este alerta; gata
fria, fica esperta!
Como é que se vive?
É com cuidado,
pois que para ser livre
tudo é desacato.
E por que na hora exata
do erro feio que vem
e mata,
Estamos altos
e lívidos, e
a queda é vária, um sacrifício?
Vai saber...
E vão as linhas frases
desfeitas; destruição vem
se não as respeitas.
Pois que criar - Ah, Deus -
é sempre árduo e deveras
triste...
Sabendo disso tudo, ainda
insiste?
É claro, cousa mais
óbvia, ululante qual
cornucópia dos teus
semblantes,
Atenção! Vos bem repito.
Pelo ouro de tolo e o nunca antes
dito; a revelar, contrário à regra, o
coração, que boa entrega!
Embriagado, vou escrevendo.
Por cada linha atento; feito caçar
uma palavra no caça-palavras da
vida.
Segue, então!
Que ao relento estará
tu e mais mil amigos a
contemplarem a Lua,
Mas não te deixa
enganar: muito cui-
dado, poeta: que
não estou pra
brincadeiras.
Dizer-te em vão, é não
ouviste-me! Então, sentido!
muito respeito, estás a se
tornar dono do seu direito.
Não vais, ainda, ouve-me mais.
Vais ser poeta
enquanto capaz
de fazer rimas
dumas cismas,
diferente dos
animais.
Às vezes é-se cousa,
e à tarde, choras.
Se é tanto que não serve-te,
por que então oras?
Atenção também para saber
ficar feliz.
Estes versos sãos,
tal qual um aprendiz,
desalinham-se em minhas
mãos...
Fui eu quem fiz?
Não sei agora.
Aceita o fim, em si tão Belo; esqueces de
mim que ao fim t'espero.
Então nas nossas almas, puras e doces,
sobressairão a Arte e o Heráldico;
todinha vai -uno ao teu saber -
uma vidinha ruim de viver.
E ainda, atenção!
Sê-de forte,
Aguenta frio
Mesmo tua Morte!
Viraste filho do mundo meu,
Sofrimento dum ateu.
Cuidado, então, também
com isso; se o admito, é
por pouco, se saboreias
o que poeto, amigo; te
contradigo; és já um louco.
Atenção, por fim; à
toda forma de ação,
que mora nestas querelas
funestas, a perdidão!
Verás então; lido e
comprido, maior que
adido - severamente
posta, tua razão.
Petrecostal
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
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