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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Se acho pensar, não penso,
Sou vaga pedra a estar
Ao topo do estado de ser somente meus pensamentos
Então a vaga distância sobre que fui e sou
É do tamanho do pensar

Valerão-me pedras, riacho
Conquanto não os conte, só os veja
Qu'enquanto medir-lhes é ser só uma medida
Vê-los é preparar-se para eles

E eles estão lá para isso
Não, para mim, são nada demais
Pois que os vejo se não os penso
Tanto vê-los como pensá-los tornam-me sábio e idiota ao mesmo tempo

Então não consigo compreender
Que entendo comigo pensar ser entender e
Compreender está tão distante
De ver

Daí passo a pensar que vejo
E mais um nada: feito pedra e riacho
Não entendo, mas vejo e sei o que é

Disso pode-se dizer, da consequência de ver ser de pensar a
                                                                                            causa
Logo, vejo, penso, mas não compreendo
Já estou a pensar em não compreender
Mas não sei, se vejo entendo: a pedra o riacho
Não obstante, que pedra e riacho: diacho!
Se não há o que ver pois só vê-se em pensamento

Escuto o riacho, toco na pedra; mas não no riacho
Pois passa, enquanto água que não posso tocar,
Mesmo assim bebo, pois é assim ver água: beber.

Petro
                                                               

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