Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

À Esmo

Vejo o passar dos dias
na lentidão do tempo
eu raramente atento
eu vivo minhas agonias

Sou parvo de sofrimento
escuto o falar de vozes
tão confuzas que atrozes
emprestam-me contento

Então, quanto faço muito
esse feito inda é pouco
sobressalto e o corpo

-- peça de minha mente --
é degredado e ausente
e o espírito é fotuito

Nos meus pensares
moram as poeris
marcas duma cicatriz
súmula dos bonares

Sonhos eu me atrevi
a tê-los sob meu ser
quiseram escarnecer
os mundo que eu vi

E o vento trouxe notícias
as muitas breves carícias
os meios de serem ares

dos componentes da vida
fui mente atrevida
morro nas minhas árvores

farfalhando meus pensamentos
servi-me destas noções
trazidas por emoções
e vivas como os momentos

felizes  por que vivi
e por certo destituídas
foram favas contidas
as preces e os atos vis

de roga por ser seu pleno
da poesia -- um forte
eriçado e ecumeno

onde morei esse desavento
a viva dor  de momento
suor de triste dor norte

A minhas ações e medos
compostas e denegridos
as primeiras e os subseguidos
ambos ristes qual um dedo

e assim fez-se de mim
um mero espírito à esmo
sobretudo íntimo ao mesmo
sentimento compartilhado afim

qual nas noites e dias a fora
desnorteados agora
sobraram só meus livretos

d'escrito e de leituras
e com tais dos poemas nervuras
fiz os mais meus destros segredos.

Petro

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