Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desses Poetas

Sou desses poetas

Que não sabe que diz

E só após o que fiz

Dou-me pelo feito a
consequência

Não guardo em mim
sapiência

E ao dia raiar da
manhã

Como à Lua e seu
divã

Vou apaixonado rimando

Então, de quando em quando

Alguma cousa a surgir

Pega-me bem ao bramir

Em que pego-me eu respirando

Para assim retornar

Ao mundo em que caminhando

Vão os demais a orar

Eu me sigo sozinho

E nesse ponto alto

Meio que de sobressalto

Arrefeço e ponho meu ninho

Que para voar novamente

É preciso nada, nem semente

Pois para o riso contido

Dos outros a verem um bandido

Em mim - como posso vê-lo

Perdôos pelo seu apelo

Sigo reto sem de mim recuar

Pois sei só sendo eu mesmo

É-me dada essa graça meio a esmo

Qu'outros chamam de poetar

Mesmo sendo muito mais do que isso

- eles vêem apenas o viço -

Não entendem por trás da loucura

Existir não fonte mais pura

De beber para ao viver celebrar

Pois que poesia - madura

Supera qualquer agrura

E mesmo a dos outros olhar.

Petro

05/12/2010

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