Sou desses poetas
Que não sabe que diz
E só após o que fiz
Dou-me pelo feito a
consequência
Não guardo em mim
sapiência
E ao dia raiar da
manhã
Como à Lua e seu
divã
Vou apaixonado rimando
Então, de quando em quando
Alguma cousa a surgir
Pega-me bem ao bramir
Em que pego-me eu respirando
Para assim retornar
Ao mundo em que caminhando
Vão os demais a orar
Eu me sigo sozinho
E nesse ponto alto
Meio que de sobressalto
Arrefeço e ponho meu ninho
Que para voar novamente
É preciso nada, nem semente
Pois para o riso contido
Dos outros a verem um bandido
Em mim - como posso vê-lo
Perdôos pelo seu apelo
Sigo reto sem de mim recuar
Pois sei só sendo eu mesmo
É-me dada essa graça meio a esmo
Qu'outros chamam de poetar
Mesmo sendo muito mais do que isso
- eles vêem apenas o viço -
Não entendem por trás da loucura
Existir não fonte mais pura
De beber para ao viver celebrar
Pois que poesia - madura
Supera qualquer agrura
E mesmo a dos outros olhar.
Petro
05/12/2010
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
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