Como crescem devagar
as folhas daquele
trigueiro, é donde
o vejo um pouco casto um tanto
marrom,
cresce devagar
demais, entre
tanto!
Qual a sua calma
em seu despeta
lar!.. e tamanha
paciência em não
apressar-se nem
por entre a ventania a cortar,
pungente, todo
o planteiro.
Ou vê-me o trigueiro em minha
pressa ao invés disso
tudo dito atrás?
Talvez seja o homem,
cá representado na
catatônica vontade de
descrevê-lo a que a
natureza o vê..
O tempo do homem é
que deve ser mais
veloz, ao ponto de
o trigueiro achar-se
por demais apenas um
trigueiro, e nada
mais...
Tal salvo belo das
plantas o envolvem
feito esse cortinado
de nuvens envolve
àquele monte ido a
té onde a vista alcansa,
ele - o trigueiro
em sua prole de sementes lê
ao ser humano também, posso ver;
é lento, deveras leve
ao passo em que o homem é rápido. Há
muito o observa,
há milênios.
Então ao seu tempo
o trigueiro dará
lugar a novas pastagens, praças de
nada, a não ser
de trigo; pois que
para si é a nós o
observador e somos
nós os céleres viventes em meio
aos sítios em que
se ocupa de, devagarzinho, cobrir
a relva verde do
seu bege esplendor.
Enquanto isso, a
relva cresce macia
e tão verde e também lenta; é dela
ser também nem
vasta nem rala, pois
para si são os homens
seres informes e
estranhos...
Petrecostal
28/12/10
/
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário