Quem me dera ter poder
para em simples breve linha
transmitir minha dor todinha
ao que passa o meu sofrer
Sou autônomo em me ser
sem uma veia de virilidade
assim sinto-me à vontade
assim sou: sei parecer
E quando encontro-me só
sobe aos olhos um par de lágrima
enquanto penso de ela dá-ma
singo tenso, íngreme, feito ló
Na finura dessa louca vida
é tão mista dos mais finos hinos
a busca por esses sonoros sinos
que empatam-me a sua lida
Já no coro duma cor crepúscula
paro para ver o que se passou
nesse entremeio descubro o que sou
e caio na minha síncope e a bula
Das tardes pelas quais passeio
é seguir por ser algo mais
já despo-me dos meus modos animais
e não creio em outro tipo de meneio
Sigo a reza para minha conquista
olho ao lado, vejo e sem prelo choro
porque é simplesmente o que ignoro
aquilo a dar-me meu quê d'Artista.
Petro
27/11/2010
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário