- E o helicóptero!?
Conviu-lhe dizer quando estava eu a falar, sob algum espanto dos carros; mas que invenção que são as rodas e como encurtaram-se os espaços, e, enfim, a que velocidade levam-nos dum a outro canto!!
Mas esse monólogo, guardei-o para mim, ninguém que não seja um aficcionado - e talvez nem estes - dariam cota a alguém tão inebriado por tão pouca cousa, e, como prenda, puseram-se a rir de mim, pobre coitado; quando o percebi, calei-me portanto.
A noite foi feito outras regada a cachaça e assanhamentos, sem produzir nada, apenas retendo-nos ao mais às mãos, com uma boa quantidade de haxixe à disposição. Eu, entretanto, não esqueci-me dos carros; mas quanto e tamanho conforto!, e gira-se a volante quando precisa-se entrar a rua alguma e assim já nos vamos em uma curva, só mesmo um maquinista poderia ver o valor do qual falei e falei o tempo inteiro; em não importar-me já com aquilo ao meu redor: a Iadade dos Carros - não percebiam!? - como não precisar deles se andamos a passo de uma formiga, e sem a roda aonde conseguiríamos chegar? Como, em sã consiência poderia alguém ter pensado numa beleza de tal magnitude: mover-se a motor! E sozinho, praticamente!
Sim, estes monstros têm vida própria. Além do inimaginável houve quem os criasse como a filhos de natureza viva e hoje seria-nos impossível viver sem eles.
Tamanha facilidade nos trazem; e deslizam e andam e correm, tudo eu pensei isso sozinho, sentindo-me qual o grande provedor que deu à humanidade o automóvel! Mas e sem a roda?... Do que nos valeríamos? É tudo tão perfeito, sem sombra de dúvidas.
E o helicóptero!?
Baste-me asas e o nosso automotor voa! E algumas turbinas e verão-no em um aeromodelo capaz de bater a barreira do som; sim, por todas as grande invenções o automóvel passou, é assim e já não mo garantem saberem vocês mais do que meus espasmos dessa repentina epifania, se, enquanto vocês bebem pra divertirem-se, ele bebe dum certo petróleo para nos levar aonde desejamos, olhem - é quase humano!
Outra vez poderão debochar de mim e meus devaneios, não a ponto de constrangerem-me irão seus esorços; não por esta noite. Juro que não. Será possível? Haverão de entender-me talvez os sertanejos e suas carroças: dêem descanso aos cavalos: isso acabou! Levarei-lhes HP's de força e esquecerão como monta-se; dêem-me uma guia e vão-se as rédeas; dêem-me os cilindros e esqueçam o trote! Vamos de carro.
Petrecostal
08/11/2010
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
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