Como querer uma agulha
deito um pensamento prosaico
a perfurar um tecido laico
chamado de uma mente o que
a entulha.
Pensar deverá parecer
qual uma leva e trás
dos furos ímpares que faz
na fazenda a brochura.
O bordado são essas memórias
os devaneios e desenlances
qual contam suas histórias
e os momentos desconcertantes.
Temer por um caminho incerto
qual uma linha desgovernada
é prever o susto do coberto
- à fazer-se na remendada.
Sendo isso um baluarte dos
pesares e dores da alma
os quais o pano dá palma
feito uma brochura feita
dos sentimentos.
É um jogo de paciência
qual a vida, a costura temporal
o cerco da experiência
o vergo do racional -
ponto cego e bom de corte.
Feito no passar dos anos
é meio de trabalhar-se
o momento em que faz-se
planos - uma lente dos olhos
d'arte.
Petro.
19/03/2010
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
sexta-feira, 19 de março de 2010
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