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domingo, 19 de julho de 2009

Três Sonetos

Para Quê Poesia
Atado aos arcos do prelúdio
Socado entre astros e carmas
Afoito entre homens adultos
Reza a alma o poeta e darlas

De ser menos todos os dias
Sorrir tornou-se hábito
Um não sei quê de tardias
Noites desenvoltas e tácito

Percorrer as manhãs dormidas
Em momentos entre noite e dia
Sorve o poeta bem cálido

Do almejado poder de ser
Uma boa sorte de dado
E um para quê poesia.

Servindo de triste

Quem dirá do poeta ser triste
Aquele deveras risonho
Que na pele trás infortúnio
E que acaba por-se xiste

Da população que o rodeia
Empurrando-o difúntio
Para a prole e o seio
De um amor esquecido

Mas que de lágrima sorvido
É menos que do seu asseio
Banharem seu caso perdido.

Último Soneto

Do começo ao fim entremeio
O poeta precisa coragem
Para viver na viagem
De poetar para o seu meio

Conquanto insólito procura
Verbo certo à que conjura
Uma sílaba talvez meiga
De conteúdo e prolíqua

De tanto vergar a cítara
Do lirismo e da prata
Que da melodia rítmica
[]
Enlace o verbocrata
Um pouco de dó lítica
Com o ferro mortal da lírica.

Pedro Costa

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