Eu aspiro à vaidade de um ser que suprimiu todas as necessidades mundanas e transformou-as em alimento para a alma e eu posso dizer mais: esse ser existe, existe num futuro próximo, num futuro irrelevantemente próximo, onde vinga a soberania dos sentidos sobre a cruel realidade dos fatos, que nos leva a enxergar a nós mesmos como fruto de incidentes e não como uma manifestação de nossos instintos e impulsos, o que realmente somos.
Para suprimirmos as necessidades básicas, com o fim de atingir o grau de espiritualidade desse ser, devemos olhar para dentro de nós e distinguirmos o que nos caracteriza do que nos pressiona e insiste em que tomemos a forma mais conveniente do devir. Não podemos nos deixar levar pelas aparências, devemos sim, tomá-las como objeto de estudo profundo por parte do que se vê como consciência.
Alimento para a alma é tudo aquilo que nos proporciona o enriquecimento do espírito, seja uma música, seja um mero devaneio, seja o que for que sirva de ponte entre o desejo carnal e o anseio sufocante característico do espírito, que nãp pede, ordena. Assim sendo, tornemo-nos livres para escolher entre a unilateralidade da razão aplicada à vivência dos fatos e a dor existencial de quem vaga no oceano da incerteza.
Fortaleza, 03 de outubro de 2002
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
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