Em bom português: perdi minha praça!
Devido às cobranças,
à invalidez e os juros,
minh'Alma pesa.
Sobre minha consciência, um
quilo de aporrinhações; minha
namorada sequer comigo dança
a dança da monotonia.
O tédio
[avança;
A ceia, além de escassa, é
um pecado!, ovo e sal; péssimo
para o coração,
mas tem pão; tem
pão!
Como esquecer que um dia fui
[feliz?
Sobrou aqui o adulto consternado,
atarefado -- menosprezado.
E do 'ado' faço um caldo,
e bebo impaciente.
Só um
medo (apavoro-me logo, fico
brabo e maldizente): fiar
o acaso e tecer minha mortália
em meio a olor e risos --
No entanto, não me acovardo.
Estou de pé mediante um sono
prático...
Converso com a gente de meus
sonhos que as encontro na rua,
Balouça lua; entra madrugada
e o pensamento voa por aí --
Mora sempre comigo uma
lagartixa. Chamo-a ou ela
vem sem que eu chame? Não sei;
só aparece-me e sei que ela
mora ali, no canto dela, mas
[comigo.
Ah! Clarinda.. seu nome: lembrei!
É! Aonde fui parar..?
Sim, lembrei!
De não ter mais praça!
De que iniciei.
Leve, meu amigo, este pen-
duricálio que é o sopro da
vida, ele pende, mesmo
assim; e no vai e vem
ele arrebenta
e é por isso que é bom,
[acertei?
Pedro Costa
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
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