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domingo, 1 de maio de 2016

Altismo

De um movimento duvidoso
Acoberta-se em olhar
Belo, sagaz, incidioso
O apego dor mesurar

Pois, olhe por seu anguloso
Lânguido, triste amar
Periclitante ardor nervoso
Em sacristia se fez rezar

Toda farsa onde corre
Comedido o brusco medo
Olha, reza mais cedo

Quando o canto fez segredo
A vida se coloriu ao gozo
Da tarde onde o olho cozo

[embrulhou-se e mostra atar
 do ontem, melodioso
 despencado; tremeloquente
 rimas à breve gente
 em um prado onde morre
 o olho q'uo mortífero, saudoso
 vara a vida que é arte
 como toda simples arredia
 intumesce em um só dia
 e delinquente o olhar parte
 mesmo borrifando o tempo
 naquele mesmo movimento
 e navega perdido em marte
 na serpente e vontade
 de seu mero e medroso per-
 júrio q'ué o assore, e
 é o olhar.

Pedro Costa

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