Bendita sejas, filha minha;
Mas não te enganes: isto
A quem chama amar é
Tábua rasa: é mel dos teus vinte
[anos;
Brasa fervendo, eu sei,
É a sina da menina a virar-se em
Mulher, por mim bastam os mesmos
Sentires quando dei-me, casta, aos
[dezasseis.
Ó, fronde
Limpa! Sem oleosidade inda; te desprenda
E reza esse fogo pois ele há de baixar,
Pequenina; e
Eu sei por só ver o quanto
O coração me deixa.
Vai-te livrando da paixão, a hora no
Que vês uma trôpega vontade de dar-te
É a mesma naonde deves ir à debulha do
Terço - já era por ora, aprendei!,
Eu te
Quero lembrar, minha filha - espera o galo
Cacarejar na bolsa de sangue para enxugar
As meias partes da coxa, esse visco é do
[diabo!
Bendita sejas, filha minha: te outra vejo
No que vês-se mulher; eu vejo uma
[santa,
Logo qual poderia ser o meu destino se não
Vê-la em bordados azuis?
Cantilena de
Belzebu - afasta-te dela!
Minha filha, este fogaréu há de dissipar-se
Em minhas rezas, não te aflijas;
Sou o único que a ti vê!
O Amor é um só; não to desperdice
Com moços bretões.
Ama, a quem cá te pôs;
Eu, tua mãe, a Nossa Senhora;
Rejuvenesço
A alma a cada evidência de ser tu a seguir-me
Os passos.
Uma donzela tão bonita..
Fica-me.
Carmem Paiva
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
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