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terça-feira, 10 de setembro de 2013

A paz como companhia

O valor dado a uma conquista ecoa nas paredes como arme-se num estúdio uma acústica para música de bom gosto e grado. Se preciso for ao alcance um esforço maior, tanto melhor: surtirá um sabor ainda mais agradável, não é à toa que busque-se em um objetivo para além do cumprimento o regozijo do feito - com coragem, passa e sobe um degrau na estratificada ordem dos desejos e aurifica-se com o halo do honorário. Nem bem porque o amargor do fel de um despropério é que dá-se a cousa toda assim; ou, pelo medo (pois o há) de na vida torná-la em um fracasso, donde o parco do infortúnio repete-se a cada nova tetativa; aparentemente algum prejuízo é inda bem aceito, e aí, parvoíces religiosas nos convencerão dum equilíbrio necessário supostamente a embotar às conquistas danos subsequentes - não passe-se por isso nenhum absurdo; muito sabe-se do que é ter para perder; convém-se porquanto haja um a ser ganho há dous a se ver impedidos de prosperar, é certo, pensa tal qual o pessimista. Volvamo-nos, conquanto se-vos baste o pessimismo, a recitar uma conquista: querer subtraído, enlevo no chão, pátria adquirirda para um corpo no mar adentrado, e sem antes - prospecção. Realmente toda uma projeção do quanto dantes fora este oceano à deriva enternece se avilta um farolado feixe no porto em terra, quanto não ali buscou-se; e toda a rebeldia das ondas vencidas, e, agora um chão a quem rogar por nação; muito embora desatraque-se ali, no aventureiro residindo o mais trôpego para sentir sob os pés um solado firme se o balanceio da nau fora por tanto, o seu lar. E a cretinice de provocar os cidadãos do Novo Mundo - Ai! - tanto, e a tudo inda é permitido, pois que conquistou-se! É a esse truculento depois a quem vai-se uma reverência; a este especial sentimento se nali vingou um quê de um dever para consigo o qual permeou a cada ato em uma ação comprimida no Tempo - uma cínica missão essa a do saber a solidão do conquistador a quem revelarão reverência - porque não há ninguém mais - aqueles do qual o prodígio fora em vão, se mora aí algo de turvo, é porque opaco tonalizado tornou-se a cousa almejada e agora, cego para si, o conquistador remói uma neutralidade que é uma advertência - por pés por ali se-lha ficou um ensinamento sereno e coberto por um tecido raro, um friso na busca incessante e um descanso provisório da Alma - ele venceu! Quais dariam para ter aquilo então seu! Todos provavelmente, e por isso mesmo ele jamais participará com ninguém sua glória até virar-se em mesquinho, e, à conquista apenas uma variação de seu temperamento; uma visão, um óasis perdido no deserto ansioso do eterno querer. Porém, lhe esquecem os bajuladores, ele percebe no Novo Mundo um inteiro náutico em pleno solo e retornam seus devaneios e rapsódias; e nada mais é neutro e nem a si mais conforma-se por bastante e volta de ímpeto, furioso, o vento Nordeste; a vela desce à nau que avança - tropeça no andar de volta para a balsa, pouco sabe de estar zonzo e inebriado pela brisa do mar - pois que um sentimento nobre lha desfaz porquanto esteja-se ali não haver paz - corrobora nisso, da cegueira se cura e afasta de si os bajuladores. Tal lhe se encaminham os nativos e como um deus, ele provê: nada lhe convence do contrário: o seu, enfim, emborcado até sua finalidade: se isso for pouco, é o rápido desfecho quem o faz que se dá - uma companhia provisória.

Pedro Costa

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