Para tudo, estar só: Medos, tê-los como amigos, sustos bem-vindos; é troco do dado em prol do objetivo maior: segue tranquilo quem vê medrar a vantagem do temerário. Quando o segundo conta a fragilidade, o suspiro encontra mais fulgor; o quando para o grito torna-se insuficiente - quase vão; pois que inda próprio do coração selvagem - prendas de ternura montam os sortílegos viajantes na conduta dantes malogro, então: privilégio, a saber, sentir; corporar; denegrir a paixão, num espetacular sacrifício sendo para o universo o dever de modificar suas entranhas em mecanismos desmedidos já a uma caótica falta de senso. Se um dia, entrar - uma sorte mais amena e portanto, trêmula em desejos -, virtudes se-lhas escaparão dormentes, inertes à espera para não mais que de uma lágrima a por em ordem o cavaleiro da Existência; impávido e consequência prática da interioração pestanejada de uma aurora boreal dos sensos triviais. Corroborando-os sob uma única doma de segredos, a própria pueril corte de mistérios qu'ao homem vos rege dentro e além; porteiras da visão.
Pondo, pragmaticamente estas elucubrações mais destinadas ao acaso qu'a maneira melhor em promover o tênue reincidente cômodo perante uma paridade com outros iguais; uma vez estremecidas todas as argruras, os retrocessos, as mesuras e a cadência das pernósticas enviesadas e mornas provas dos sentidos, nada aponta-se como tempo desperdiçado, um vago tombado em desespero, a triste sina do só - este, abrigo da Alma do mundo, lhas protege, almejando-as como um pastor a suas ovelhas. Segue nisso um tal sentimento altivo capaz de conduzir ao ébrio duma dor outrora impura -; o convívio para com seus irmãos, uma doutrina ancestral, pendente de forma arcaica: a pertença ao viver alheio. O par despatriado anunciando uma dobra de trôpega torrente a agir por sobre as centelhas de servos sob uma mesma égide. Tombas, remetendo seu angor e revela sobretudo pros menos auspiciosos - ó, solidão! Que mostrai-me Tu do breve estalar qu'é a vida?

Pedro Costa