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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eutanásia do ser: Pouco perde-se por um dia de suor e trabalho, corpo cansado é sinal de um vigor arrojado, para tomar uma pequena dose de vinho do Porto, e repousar o dorso numa cadeira de balanço, constatando o final de mais um dia. Balanço feito, dorme-se, a consciência tranqüila: não se roubou, se matou ou infringiu mal a ninguém; à Lei dos homens dorme também na medida da qual estanca-se do ser a sua rebeldia - algo imatura para quem vela-se ao sono desta maneira; uma vela para cada minuto bem gasto, um terço por um dia cumprido, como sossega a alma quieta. Morrer de isso, é até louvável -! Diga-se de passagem, no entanto, piscar-se e pôr um mundo inteiro breviamente destruído - eis, da sorte o seu augúrio: viver sem vida é temer por assim o ser do Medo, que, se não enfrentado, para como estiver, o assim ser, em uma palavra, endossar à alteridade um Dogma, como a um cavalo imposta-se uma brídia; há nisso um mistério pedante e aborrecido, ante que, apenas desvendado quando a coragem permitir dele soltas as rédeas.

Petro

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