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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Aurora: Tempos, quando da invenção da imprensa, achou-se por menor que tenha sido o arrebatamento a tantos de cultura iletrada, aos veios do Nilo e abaixo, nesta geografia da compulsão à modernidade, acreditou-se enfim haver-se inventado algo que servisse a um fim real; de prática utilitária e sem precedentes: como enganaram-se  em supor o nascimento do intelecto industrial um motivo certo para a algazarra à qual entregara-se o gênero europeu, esquecendo assim do deixado à deriva, uma rebenta muito maior, fina e intimista: o troco pelo valor simbólico. Quanto valeria, hoje, uma casta inteirinamente  esquecida; e se tal moeda como ao quadro de catarse vivenciado a cada instante em que uma pretensa evolução, ou, sinal dos tempos emerge à superfície beatificado; às sombras relegadas suma importância; sem preço daquilo, algum mais apressado diria, ser da experiência, enublar o fato desta, para Além de Bem e Mal, e, mesmo arredia, jogada ao léu, a prova definitiva e fatal para quem almeja investir a uma aurora: reverter-se uma força elástica retesada ao máximo, por quê, puxada ao cingir dos séculos e ao fadar-se ao fracasso, só aí, elucidada é dela ser vista com outros olhares. Assim tanto entende-se de técnica como à estética; ambas a priori, antípodas, desvanecendo a uma só mão.

Petro

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