Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Loba

Concentração perde-se no olhar, desprovido de cor.
Apenas ou quase nunca, sibilei em seu redor
Na busca de ranger de dentes.

Apetite pela cor,
Selvageria em completa natureza do simples ser.

O sangue meu te derramo ao alimento.
Toma de mim a pátria, faz-te tua à tez.

Embora não a conheça.
Embora asfixiado.

Deveras sob o bruxuleante tom da tua voz.
A ti ato-me, como vão atados os vapores ao ar.

Convertido em tua rebeldia já nem desejo mais
                                                                       [viver.
Senão comum consigo,
                                   uma alcateia de dous.
O livre respirar.
                        O leite de Rômulo e Remo.
A turva lua dos amantes ante tua face a
                                                           [transforma.
O sibilo triste duma certa correria suspeita
Entre a mata; ele sopra mais lento que corres.

Embebido em teu hálito carnívoro, experimento
Em mim,
             à primeira vez,
                                   a Loba.

Petro

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