Por detrás dessa cara barbada
Existe a timidez de alguém
E este alguém não sabe o que faz
Nem que diz no seu amém
É de terminar cada frase
Com uma certa eloqüência
Não conta com a inteligência
Mal sabe de onde ela vem
Faz isso muito tolhido
Até mesmo espavorido
De ser nele quem é
De tímido passa por Fé
Nele tudo acreditado
Sempre, por toda parte
Se caminha é só e destarte
Perenemente calado
Difícil de se penetrar
É Alma dura de dor
Por pecar desconhece o amor
Está só a pensar
Isso, o tempo todo
Um momento lamurioso
Sua voz é um nó de engodo
A tese é cada dia um pouco
E, guardado em sua loucura,
Essa cousa da timidez
Guarda também uma postura
E de doudo nem sensatez
Da pessoa dita uma louca
De razão opressa de pouca
Pasta onde não come o burguês
Bem assim, se a vida o fez
Dileto, recatado: tímido
É que leva qual um apelídio
Essa prenda de lucidez.
Pedro Costa
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
terça-feira, 22 de maio de 2012
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