uma elegia à Proust
Brutalmente anuviado pelos bucólicos febris persona-
gens duma pequena esquina;
Viria o ocaso anunciar a Noite.
Num desses fins de tardes de alegrias, incontáveis pra-
zeres, diluídos numa nervura carregada a um cacho de flores,
As tristezas todas viam-se compiladas - e, com um
gesto rompante arranquei-lha de seu ponto fixado junto ao cau-
le.
Da gota do orvalho ainda remanescente do dia, co-
mo congelado pela maestria dum gélido flanco de neve invernal,
pendiam soluços duma alma feminina;
Entremeada de dor e aflição.
Porquanto vívidos, os terrores noturno viriam a cobrir
os resto de fase varonil do dia, enquanto poluíam de luz mesmos
os caichos dourados de um sonho primaveril em pleno verão.
Coberto, um beijo, por sombras ele fazia adentrar
aos mais sensíveis o gosto do prazer de beijar, esquecido das
artes românticas e - ao passo do quotidiano - enfrentava a
ruidoza cidade cingida à cinza.
O passo de um cavalo, que o vejo módulo antigo de trans-
portação, aquiesce entumecido de um aroma dos campos;
Tal odor pôs-me em recordação...
Do sítio, a veia financeira de sua venda a um povo estrangeiro;
não há mais animais ou água no açude, apenas um terre-
no improdutivo.
Às oblações contumazes deste parecer, pinga sua luz,
Vênus, primeiro astro a brilhantear suas pontas radiosas sobre
o céu;
Em seguida, a mãe dos poetas - a Lua, prova de que a
ela nunca o ser humano a tê-la conquistado, cerceada duma contí-
gua calma esférica, vai sorrindo - pela Terra inteira.
E por demais s'estreita o sentimento da vaga incerteza
que corrompe o coração das silveiras plantas; adornadas por uma
brisa não menos que incerta - com o luar, incestuosa...
Petrecostal
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
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